Circuito das Águas de Minas Gerais

A cidade é famosa pelo Parque das Águas, um recanto verde com lago e fontes de águas minerais usadas em banhos, massagens e terapias. O simpático Trem das Águas, uma maria-fumaça dos anos 1920, leva até a vizinha Soledade de Minas pelas margens do Rio Verde. Quem quiser admirar a região do alto pode visitar o Mirante da Pedra Preta ou, quem sabe, embarcar nos passeios de balão.

Expoentes na produção de cafés especiais premiados, algumas fazendas convidam visitantes para um tour pela produção: pode-se caminhar pelos cafezais, entre montanhas a 1.300 metros de altitude, conhecer o processo de produção e participar de degustações. Muitos desses cafés premiados contam com processos de produção sustentáveis, contribuindo, inclusive, para a redução da emissão de carbono.

Águas alcalinas, magnesianas e gasosas brotam nas fontes do agradável parque da cidade. Ao redor do lago, no centro, o edifício tombado de 1911 do Cassino do Lago chama a atenção. Para mais água, há deliciosas cachoeiras, como a João Gonçalves e a do Roncador, além de trilhas no Parque Estadual de Nova Baden. A saber: foi nesta cidade que nasceu, no começo do século 20, um famoso requeijão cremoso que costuma rechear muitas pizzas pelo país.

Este refúgio em meio a montanhas é casa de mais um parque das águas, com fontes de água mineral rodeadas por trechos de Mata Atlântica. Pelo centrinho, dá para provar produções locais de café, queijo, cerveja, goiabada e doce de leite. O Pico do Piripau descortina uma bela vista panorâmica e sedia voos de asa delta e parapente.

O coração da cidade é seu renomado parque das águas, uma área verde de 210 mil m² que abriga um balneário hidroterápico com piscina, sauna e tratamentos diversos. Também não pode faltar no roteiro uma subida ao Morro do Caxambu, alcançado por uma trilha demarcada no campo ou de teleférico.

Aqui, o Ribeirão Gamarra passa pela Corredeira Caixão Branco e represa no Espraiado do Gamarra, com faixa de areia para se esticar e passar o dia. Há ainda a Cachoeira do Juju, com impressionantes 130 metros, e a do Caldeirão, com poço profundo para nadar. Trilheiros se desafiam no percurso ao Morro do Chapéu, a mais de 2 mil metros de altitude.

A cidade é um verdadeiro reduto de mineiridades: seus queijos já receberam prêmios nacionais e internacionais, e seus alambiques históricos produzem cachaças únicas. Entre o casario colonial, um museu é dedicado ao cavalo manga-larga marchador, raça que nasceu por ali.

Natural de São Lourenço, está a frente da Araucária Ecoturismo há 12 anos. A paixão pela Serra da Mantiqueira e a preocupação com o cuidado com a natureza o levaram a montar roteiros especiais pelos municípios do Circuito das Águas, com atividades que vão desde esportes de aventura, visitações a fazendas e a produtores locais de café, queijos, azeites, mel e orgânicos, a descobertas gastronômicas e tours que desvendam a religiosidade da região.

Em seu sítio no Vale do Gamarra, ela toca o Olivais Gamarra, uma produção de azeite extravirgem artesanal, agroecológico e familiar, pioneira na região. Em espaços e empórios parceiros, realiza degustações e oferece produtos alimentícios e cosméticos.

Sua família planta café no Sítio Serra da Careta, em Baependi, desde os anos 1980. Hoje seu café especial, o Tequila, tem ganhado prêmios. Ele também colabora para valorizar o café de pequenos produtores familiares da região e recebe visitantes para mostrar a produção e convidá-los a uma degustação.

Mineira de Belo Horizonte, hoje vive na capital do estado, mas já morou em Melbourne, Berlim, Rio e São Paulo. Mestranda em design e antropologia, atua como consultora em pesquisas e análises culturais. Ana é a profissional responsável por toda a pesquisa de conteúdo desta e de todas as outras rotas.