Neste trecho espetacular do litoral da Bahia, o mar toca vastos coqueirais, densos manguezais e uma das mais ricas reservas de Mata Atlântica do país. Cidades acolhedoras avizinham fazendas de cacau – se respirar fundo, é até possível sentir um cheirinho de chocolate no ar. Costa adentro, lagoas resplandecem ao sol e rios formam corredeiras e escorrem em cachoeiras. Venha com tempo: aqui, a natureza se revela devagar.

Eis que algumas das faixas de areia mais formosas do Brasil estão longe do litoral, nesta região paraense e em meio à imensidão da flora e fauna amazônicas: são as praias que se formam nas margens do rio Tapajós e seu afluente Arapiuns na temporada seca, entre agosto e janeiro. Para além das paisagens, a rota é um banho de cultura pelos sabores, festejos e atividades tradicionais das comunidades da região.

Na esquina do Brasil, a rota convida a admirar algumas das joias do litoral do Rio Grande do Norte. Vilarejos sossegados com sua dose de lojinhas e restaurantes charmosos são entremeados por coqueirais, rios, lagoas, mangues e praias com faixas de areia generosas banhadas por águas mornas. Completa a paisagem uma vastidão de dunas que se movem ao sabor dos fortes ventos – a região, aliás, é muito querida por velejadores, wind e kitesurfistas.

No trecho mais belo das montanhas capixabas, o olhar se volta inevitavelmente para a Pedra Azul, um impressionante monólito arredondado a 1.822 metros de altitude em meio a uma coleção de belezas naturais. O charme serrano é garantido por restaurantes, cafés e estabelecimentos rurais que convidam a provar queijo fresco, colher morangos e tomar um café especial.

O nome da região é sugestivo: as águas realmente são as estrelas da viagem. As fontes de águas minerais com propriedades terapêuticas atraem visitantes há mais de um século. Também há múltiplos rios que deságuam em cachoeiras entre os morros da Serra da Mantiqueira, que proporcionam trilhas e mirantes. A alma mineira está presente nas igrejas históricas e na produção de cafés, queijos, doces e outras delícias.

Resguardada por um parque nacional, esta área da região serrana do Rio de Janeiro é emoldurada por uma singular coleção de montanhas – seu nome deriva do formato de seus picos que, para os colonizadores europeus, pareciam os foles dos órgãos das igrejas. A brusca variação de altitude proporciona uma miríade de paisagens diferentes, com frondosos trechos de Mata Atlântica cortados pela maior rede de trilhas do Brasil. Pelo caminho, casarões históricos, festivais culturais, fábricas de cerveja artesanal e restaurantes de chefs premiados dão charme à rota.

Quase na divisa de São Paulo com o Paraná, o PETAR é um poço de riquezas. Primeiro, as naturais, já que ali se estende a maior faixa contínua de Mata Atlântica do país, com um conjunto inigualável de cavernas que atraem aventureiros há décadas. Depois, as culturais, pelo encontro de populações tradicionais deste e de outros tempos, entre povos indígenas e comunidades quilombolas.

O gigantismo da paisagem impressiona quem se aventura por essa extensa cadeia de cânions que corta montanhas do Rio Grande do Sul a Santa Catarina. Admire-a do alto, de mirantes com vistas vertiginosas, ou por dentro, no leito de rios mansos com poços cristalinos. Depois, se encante com as tradições regionais: o churrasco em fogo de chão, o mel de árvores nativas e as mantas quentinhas feitas no tear.